“O
Cineclube nasce da necessidade de um grupo humano numa comunidade, fábrica,
escola ou outra instância comunitária de se reunir para exibir, debater/
conversar sobre conteúdos e demais características da película ou produto do
cinema.” Jorge Conceição
Cineclube Filhos do Sol –
Heliópolis/ Ba.
Heliópolis fica situado no
Território de Identidade: Semiárido Nordeste II, veja mapa abaixo:
http://www.ibge.gov.br/
Quem sabe faz a hora, não
espera acontecer!
“Cineclubismo para maioria
é vaidade, eu vejo como missão” Zé Pereira
Dois filmes baianos no festival contam com o apoio do Fundo de Cultura da Bahia: TROPYKAOS e Ana
Quatorze filmes produzidos na Bahia estão nas mostras
competitivas do XI Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece de 28
de outubro a 4 de novembro em Salvador e Cachoeira. Dois dos filmes possuem
apoio do Fundo de Cultura da Bahia, mecanismo de patrocínio cultural da
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) e Secretaria da Fazenda
(Sefaz): TROPYKAOS de
Daniel Lisboa e Ana,
de Camila Camila.
TROPYKAOS é um projeto de
produção de longa-metragem de ficção dirigido por Daniel Lisboa que conta a
história de Guima no verão mais quente dos últimos 50 anos. A cidade se prepara
para mais um carnaval. É em meio a esse cenário trópico caótico, que Guima, um
jovem poeta, que acredita sofrer de uma estranha doença, a “ultraviolência
solar”, inicia sua busca por um aparelho de ar-condicionado redentor. O filme
participará da Mostra Competitiva Nacional no festival e é o único filme baiano
nessa categoria. O filme contou com o apoio do FCBA no valor de R$ 798.520,00,
através do edital Setorial de Audiovisual 2012.
Premiado no último Cachoeira Doc como
melhor curta metragem, Ana conta depoimentos de cinco irmãs criadas no
interior da Bahia entre as décadas de 1960 a 1980 e da educação dada por sua
mãe; professora e psicótica maníaca depressiva. Ana busca uma
poética que toque as inquietações do corpo, das relações de gênero e da família
e participará da Mostra Competitiva de Filmes Baianos no festival. O filme tem
apoio do FCBA no valor de R$ 43.695,00 através do edital Setorial de
Audiovisual 2014.
No
XI Panorama Internacional Coisa de Cinema, os filmes serão exibidos em sessões
seguidas por debates entre os realizadores e o público no Espaço Itaú de Cinema
Glauber Rocha, em Salvador, e em Cachoeira, onde o festival acontece pela
primeira vez, no Cine Theatro Cachoeirano. O evento reúne produções da Bahia,
Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Paraná, todas em primeira exibição no
estado. O festival também conta com financiamento do Fundo de Cultura da Bahia,
através de edital executado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB),
através do projeto Eventos Calendarizados.
Sobre
o Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005
para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo
deCultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo
custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa
de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos
financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da
importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que
dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está
estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros
estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins
lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e
Editais Setoriais.
XI
Panorama Internacional Coisa de Cinema
Quando: De 28 de outubro a
04 de novembro
Onde: Espaço Itaú de
Cinema Glauber Rocha – Salvador l Cine Theatro Cachoeirano – Cachoeira
"O Sal Tupinambá" 2008, curta metragem do diretor Sebastian Gerlic, traz o comovente depoimento do garoto indígena Binho sobre a luta do povo Tupinambá pela sobrevivência. Vivendo na região do Litoral Sul da Bahia (Ilhéus), é do mangue e da roça que os indígenas retiram seu alimento. Binho, apesar de muito jovem, fala com bastante consciência e clareza sobre as dificuldades da vida e sua relação com a natureza. Uma reflexão importante sobre sustentabilidade e a necessidade de preservação do meio ambiente e proteção às comunidades tradicionais.
A 29ª Jornada Nacional de Cineclubes, realizada de 1 à 4 de outubro, na Ilha de Itaparica-BA, reuniu mais de 80 cineclubes de todo o Brasil. O debate girou em torno do conceito de cineclubismo em meio à contemporaneidade, e, a partir desta reflexão, foram elencadas algumas prioridades, dentre elas destacamos: Estratégias a serem tomadas pela entidade que garantam o espelhamento das práticas cineclubistas brasileiras pelo CNC; Ações que venham a promover a compreensão do cineclubismo, por meio do CNC, enquanto movimento protagonizado pela sociedade civil e o Planejamento de metas, públicos e espaços sociais a serem contemplados nas ações que serão executadas ao longo do próximo biênio.
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
A Jornada realizada pelo Conselho Nacional de Cineclubes, União de Cineclubes da Bahia e contou com o apoio do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual (SAV/MinC), Fundação Pedro Calmon, Sindireceita e emenda parlamentar da Senadora Federal Lídice da Mata.
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
O Cineclube Mocamba participou ativamente de todas as atividades, rodas de conversas e discussões e apresentou no Painel “Cinema e Educação” experiências cineclubistas realizadas em parceria com escolas públicas baianas e o projeto que está desenvolvendo atualmente na Bahia “Rede Cineclubistas nas Escolas”.
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Imagens Cineclube Mocamba
Durante a Jornada foi eleita a cidade de Alcântara (MA), tendo como proponente o cineclubista Izidoro Cruz Neto (Cineclube Kalu), para sediar a próxima pré-jornada do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e a cidade de Atibaia (SP), tendo como proponente a cineclubista Rosemary Rizzardo (Difusão Cineclube Atibaia), como a sede da 30ª Jornada Nacional de Cineclubes. Na oportunidade foi realizada a eleição diretoria do CNC para o biênio 2016 / 2017.
Navegantes é um projeto de curta-metragem de ficção, finalizado em 35mm, com duração de 15 minutos, realizado com o patrocínio da Petrobrás e produzido pela Plano 3 Filmes.
Trata-se de uma história ambientada na cidade de Salvador, nos últimos dias que antecedem a chegada do Ano Novo. A Bahia possui um consolidado calendário de festas tradicionais populares, marcadas pelo sincretismo religioso e pela harmônica fusão de elementos sagrados e profanos. O universo que permeia a narrativa é o da Festa do Nosso Senhor Bom Jesus dos Navegantes, protetor dos mares baianos. A celebração se destaca pela tradicional procissão marítima pela Baía de Todos os Santos, no primeiro dia do ano.
Foram doadas 54 cópias em DVDs para os cineclubes que serão criados pelo projeto“Rede Cineclubista nas Escolas”. A ideia é possibilitar a circulação e exibição de produções brasileiras e contribuir para a formação do acervo dos cineclubes que serão criados, para que eles possam realizar suas atividades cineclubistas. Ao todo o projeto pretende criar 54 cineclubes nos 27 Territórios de Identidade da Bahia.
O Projeto Rede Cineclubista nas Escolas é uma realização da OCA – Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica / Cineclube Mocamba, em parceria com a União de Cineclubes da Bahia e Conselho Nacional de Cineclubes. O projeto tem financiamento da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT), através do Fundo de Cultura.
Durante um festival de cinema, em um quarto de hotel, cineastas, mestres, alunos e doutores em comunicação, falam do cinema digital, da banalização da imagem, da visibilidade democrática da fama, entre outros temas.
Por regiões montanhosas da
Bahia, Denise Santos e sua equipe viajam em busca de personagens, pessoas
comuns. Um filme sobre confins e afins em que se manifesta a natureza humana.
Aldenes Meira, presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna e Ilton Cândido, coordenador financeiro do Projeto Rede Cineclubista nas Escolas assinam parceria
O Projeto Rede Cineclubista nas Escolas formalizou importante parceria com a Câmara de Vereadores de Itabuna. O presidente da Câmara Aldenes Meira reconheceu a importância do projeto e a responsabilidade da casa em apoiar iniciativas desta natureza e fomentar a arte e a cultura em nossa cidade.
Filho de Jorge Rocha de Santana e Benedita Ana de Jesus (como ele mesmo se apresenta), Jamilton Galdino de Santana, 53 anos, ou como é popularmente conhecido, Jaco Galdino, natural de Caravelas, sul da Bahia, é um cineasta baiano que está fazendo sucesso pelo mundo.
"Tenho o segundo grau completo e milhões de idéias na cabeça. Gosto de arte, minha vida sempre foi envolvida com os movimentos culturais, gosto de trabalhar com o coletivo, acredito que a arte é uma construção revolucionaria é através da arte que nós vamos transformar o mundo", diz Jacó.
O cineasta, que nas horas vagas faz esculturas com reaproveitamento de madeiras, possui uma invejável filmografia de pelo menos 8 filmes e documentários: Não mangue de mim, Outros carnavais, Lia, É tudo mentira, Encontro rede mangue mar , Samba de maragogó, Mukussuy e Itajara, o senhor das pedras.
"Os filmes retratam experiências e modos de vidas das comunidades invisíveis da grande mídia, principalmente as lutas dessas comunidades pela manutenção e conservação dos seus territórios que historicamente lhe pertencem, mas agora se encontram ameaçados pelos grandes empreendimentos hoteleiros, monocultura dos eucaliptos e pautados em questões de preservação ambiental", ressalta Jaco.
O interesse pelo cinema vem de muito tempo. "Sempre gostei de cinema, agora fazer era um sonho que não acalentava por conta da dificuldade de equipamentos e minha falta de habilidade com estas ferramentas. Aí em fevereiro de 2007 surgiu a primeira oficina de vídeo em caravelas. Eu fiz a oficina e descobri que era possível fazer filme, que não tinha bicho de sete cabeça, que todo mundo pode fazer cinema. Foi minha primeira experiência nunca tinha ligado uma câmara tudo era novo para mim", relembra Jacó.
De fato, para Jaco foi fácil. O talento é tão natural que seu primeiro filme, "Lia" (2007), que usa a trajetória de uma menina que tenta contar uma história para as pessoas que não querem escutar, para mostrar como a realidade social muitas vezes é abafada e ninguém escuta a voz das minorias, foi premiado como melhor filme no festival Visões Periféricas que aconteceu no Rio de Janeiro em 2007.
Já o filme "É tudo mentira" (2008) foi selecionado e exibido no festival "Brasil em Movimento" em Paris, França. O filme relata a luta das populações tradicionais na costa brasileira contra a carcinicultura (técnica de criação de camarões em viveiros). É o registro de experiências nos estados do CE e BA na mobilização social para a criação e consolidação de Reservas Extrativistas.
"O importante de tudo isso é que tudo é feito no coletivo, com a participação da comunidade, desde o roteiro até a gravação. Os atores que aparecem nos filmes são moradores da própria comunidade que estão passando para os outros, aquilo que eles mesmos vivem. É um processo bem democrático", afirma Jacó.
O cineasta ressalta o apoio também Cine clube Caravelas, do Parque Marinho de Abrolhos, do movimento cultural Arte Manha, da Pastoral da Juventude, do Ecomar e de Universidades como a UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) e pesquisadores e estudantes que fazem a distribuição e divulgação dos seus filmes.
O cineasta ainda coordena o movimento cultural Arte Manha. "É um espaço onde agrega muitos artistas com diversas atividades como escultura em madeira, dança e percussão afro indígena, decoração de ambientes e ruas, construção de casas, arte gráfica, cinema, teatro e outros", explica Jacó.
O filme NEGRA é uma releitura cinematográfica do poema da compositora, cantora coreógrafa e desenhista, expoente da arte afro peruana Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra.